VOX NEWS - 4/12/2007
O Dia Mundial da Propaganda não existe. A data é comemorada hoje apenas no Brasil, com muito ênfase, e na Argentina com menos entusiasmo, enquanto o resto do planeta a ignora. Tudo começou no I Congresso Sul-americano de Propaganda realizado em Buenos Aires, em 1936; no calor dos acontecimentos se propôs a data de encerramento do conclave, quatro de dezembro, como referência para um Dia Pan-americano da Propaganda que doravante seria comemorado. O Pan-americanismo como ideologia estava em alta, era o contraponto das Américas à influência Alemã em rádios e jornais e na economia do continente. Logo teríamos uma guerra (1939-45) e no auge dela a idéia do Pan-americanismo reforçada na propaganda e na mídia. Nos anos 70 apenas o Brasil e a Argentina continuavam a celebrar a data, foi então que alguém (até hoje não consegui descobrir nem como, nem quando) transformou o Dia Pan-americano em Dia Mundial, a mídia especializada passou a usar uma e outra referência e já na década seguinte apenas o Dia Mundial prevaleceu.
O fato é que comemoramos há 70 anos a data, com premiações, almoços, coquéteis, eventos em todo o Brasil e também a publicação de anúncios voltados para o “trade”. O anúncio postado acima foi veiculado pela GFM-Propeg, então presidida por Rodrigo De Sá Menezes, Bahia, em 1982. Criação de Haroldo Cardoso, Marco Gavazza e João Carlos Mosteiro. Anúncio de oportunidade que resgata um corajoso depoimento do poeta Carlos Drummond de Andrade, crônica publicada em jornal, sobre a propaganda. O texto faz bem a auto-estima da classe, testemunhal espontâneo de um dos ícones da moderna literatura brasileira.
O fato é que comemoramos há 70 anos a data, com premiações, almoços, coquéteis, eventos em todo o Brasil e também a publicação de anúncios voltados para o “trade”. O anúncio postado acima foi veiculado pela GFM-Propeg, então presidida por Rodrigo De Sá Menezes, Bahia, em 1982. Criação de Haroldo Cardoso, Marco Gavazza e João Carlos Mosteiro. Anúncio de oportunidade que resgata um corajoso depoimento do poeta Carlos Drummond de Andrade, crônica publicada em jornal, sobre a propaganda. O texto faz bem a auto-estima da classe, testemunhal espontâneo de um dos ícones da moderna literatura brasileira.
Post de Nelson Varón Cadena, autor do livro "Brasil. 100 anos de Propaganda". Atualmente escreve "Do mascate ao PDV-Uma História do Marketing Promocional no Brasil". É criador do blog Almanaque da Comunicação.