O que acontece com o mercado de trabalho?

O que acontece com o mercado de trabalho que não dá bola aos que realmente lutam por um "lugar ao sol"? Gostaria muito que um dia esta resposta fosse respondida com sinceridade e lucidez para tentar, enfim, aplagar minha sede crítica sobre o tema.
Pois bem, milhares de recém-formados saem todos os anos e semestres das faculdades espalhadas pelo país, colocando a cabecinha pra fora d'água, buscando um lugarzinho ao sol e... Nada!
Será que realmente não existe mais espaço para essa jovem mão-de-obra qualificada? Será que todo o esforço que, tanto pais quanto estudantes, tivemos não vai ser recompensado, afinal? Será que existe uma saída?
Ah, já sei! Vou me dedicar ao empreendedorismo e abrir meu próprio negócio! É isso! Vou ter minha própria meta, meus próprios horários e o que é melhor: não vou ter chefe!
Pois bem. Mas será mesmo esta uma saída inteligente e produtiva para o nosso mercado? Fortalecer o setor das micro e pequenas empresas, com novas e inexperientes idéias, é realmente mais vantajoso para a qualificação da população economicamente ativa da nossa sociedade?
Cada dia que passa, as grandes empresas, dotadas de estrutura e experiência mercadológica para traduzir novas idéias e conceitos lutam para descobrir novas tendências e soluções criativas para fugir do lugar comum. Aí eu te pergunto: como é que essas empresas podem renovar a massa pensante das suas linhas de frente, se não há oportunidade suficiente para a renovação destes novos postos de trabalho?
Sabe o que acontece? Vou dar minha opinião. O que acontece e vem acontecendo (e irá continuar acontecendo enquanto a mentalidade do mercado de trabalho não mudar) é a ocupação no mercado de funcionários que mais se entregam ao burocrático do que efetivamente sugerem novas idéias.
Os vícios de outrora ainda persistem nas empresas, departamentos, redações e demais setores. Os funcionários de hoje têm cada vez mais medo de perder o emprego, de mostrar seus pontos de vista, de peitar o desconhecido. É muito mais fácil e cômodo se entregar ao cotidiano do que buscar novas soluções, novos ideais e novas tendências. Isso acaba se espelhando nos chefes, no Recursos Humanos, na triagem. Na hora de selecionar novos funcionários, a opção mais comum é a de aproveitar o material humano que já existe, do que buscar alguém fresco no mercado. É muito mais fácil "amansar" o antigo rebanho do que "doutrinar" o gado novo.
É isso, o medo ao novo ainda é muito grande. E quem paga o pato é o jovem trabalhador: formado, disposto e desempregado.
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