Ela

Ó primavera tão bela
se esmera em encantar
em prosa e verso
as esquinas daquela viela

Espera. O vento bate
por detrás daquela janela
e encerra seu curso
onde antes manhã era

Impera. O tempo fecha
e arrasta a saia dela
leva junto meu assunto
um doce olhar, quem me dera...

Por João Paulo Anzanello.

O fenômeno do twitter e a snack culture

12/01/2009 – Marcelo Tripoli*

Tenho recebido muitas indagações sobre a real utilidade do Twitter, que pode ser definido, à primeira vista, como uma rede social na qual pessoas e amigos descrevem ações e acompanham detalhes do cotidiano de desconhecidos.

O grande trunfo do Twitter é, aparentemente, esse: como em um verdadeiro Big Brother, os usuários matam sua curiosidade ao acompanhar a vida alheia. A tamanha popularidade deste tipo de ferramenta chamou, é claro, a atenção das empresas, especialmente das áreas de marketing, nas quais os profissionais têm muitas dúvidas sobre a amplitude do Twitter e como ele pode ser utilizado para conectar marcas e consumidores, agregando vantagens competitivas.

Confesso que, em um primeiro contato, considerei o Twitter bastante inútil. Afinal, o que uma ferramenta em que você fica o tempo todo respondendo a uma única pergunta - o que está fazendo? – pode agregar às marcas? Enfim, qual a lógica de ler o que os outros estão fazendo e ficar o tempo todo postando o que você está fazendo?

Se o Twitter tivesse apenas esta simplicidade, seria uma cópia de outras redes sociais e ficaria, com certeza, restrito a adolescentes e determinados nichos. Porém, seu potencial é muito maior. Esta ferramenta, fundada em 2006, por uma empresa de São Francisco, nos Estados Unidos, quebrou paradigmas e tem como principal característica limitar as mensagens em até 140 caracteres. Esta restrição, em pouco tempo, concretizou definitivamente o sucesso do Twitter.

Ao limitar o tamanho dos posts, que inclusive podem ser enviados pelo celular, a ferramenta sai na frente dos blogs – mais rápida e prática para postar mensagens – e se adéqua definitivamente a um fenômeno, descrito na capa da Wired de alguns meses atrás, como Snack Culture - o consumo de conteúdo cada vez mais rápido e superficial e baseado em um mundo cada vez mais digital.

Isso faz total sentido: o tempo de atenção que dispensamos para um assunto é cada vez menor e a tecnologia tem que se adequar. Os vídeos no Youtube, por exemplo, são limitados a dez minutos.

Ok! Mas, voltamos ao Twitter, uma alternativa interessante de mídia digital para os próximos anos. Como as empresas podem aproveitá-lo? Existem diversas formas, entre as quais vale destacar:

· pesquisar o que estão falando da sua marca ou do seu produto. Para isso, basta entrar no search.twitter.com;

· abrir um canal de comunicação e suporte aos seus consumidores, como fez a Comcast, maior operadora de TV a cabo dos EUA;

· divulgar conteúdos e informações em primeira mão para os consumidores que optarem por te seguir, como fez o canal Telecine;

· transmitir ofertas de produtos e promoções, como Amazon;

· prestar serviço, informando, por exemplo, cancelamento de vôos, como fez a Delta.

Estes são apenas alguns exemplos básicos de como o Twitter pode rapidamente ajudar a sua empresa a ganhar ainda mais popularidade e conquistar consumidores. Muitas já aderiram a esta tecnologia e estão, inclusive, substituindo blogs corporativos pelo Twitter. É a snack culture em ação com força total. E se você quer saber mais, não esqueça de me seguir no www.twitter.com/marcelotripoli.

*Presidente da agência de marketing digital iThink e autor do blog ifound.com.br

Web 2.0? Melhor dizer mídia social ou colaborativa

O termo Web 2.0 não soa bem quando usado para benefício privado, ao invés de defender os valores por trás do conceito. Sempre existiu a característica que diferencia a internet das mídias tradicionais.

Por Juliano Spyer

Logo que comecei a ouvir falar em Web 2.0, imaginei uma espécie de condomínio virtual privado – um espaço desenvolvido por mega-corporações, acessível por um canal diferenciado do da internet comum, funcionando como uma plataforma de publicação mais controlada e protegida e oferecendo soluções de e-commerce e vantagens para usuários com acesso rápido. Nada disso.


Na verdade Web 2.0 se refere a uma relação de características que supostamente diferenciam novos sites daqueles que naufragaram com o estouro da bolha da internet na virada do século. Defensores do termo dizem que ele identifica sites de networking social, ferramentas de comunicação, wikis e etiquetagem eletrônica (tags), baseados na colaboração e que entendem que a natureza da rede é orgânica, social e emergente.


Por esse motivo alguns críticos consideram que o nome Web 2.0 vem sendo aplicado indiscriminadamente como sinônimo de originalidade tecnológica para entusiasmar possíveis clientes e investidores. A associação vaga entre “2.0” e a idéia de inovação abre precedente para que, por exemplo, um projeto comum que inclua um blog seja promovido como Web 2.0 pela equipe de vendas encarregada de oferecer a solução. Ao invés de defender os valores por trás do conceito, o nome passa a ser usado para benefício privado.


Para Clay Shirky, um estudioso dos efeitos sociais e econômicos dessas novas tecnologias, “antes da internet, as diferenças na comunicação entre comunidade e audiência eram fundamentalmente determinadas pela mídia – telefones serviam para conversas de um-para-um, mas não serviam para atingir rapidamente um grande número de pessoas, enquanto a TV tinha características inversas. A internet pôs fim à separação, oferecendo um mesmo veículo para ser usado para falar com comunidades ou audiências.”


Essa característica, que permite que aconteça a colaboração online, surgiu junto com a comunicação via computadores em rede nos anos 1970, nos primórdios da internet. Em meados de 1990, na transição da internet de nicho (voltada a entusiastas da computação) para a internet acessível ao usuário comum, os sites incorporaram temporariamente características da mídia de massas convencional, mas o estouro da bolha na virada do milênio corrigiu esse desvio de trajetória.


As vantagens do conteúdo gerado em ambientes colaborativos determinaram a sobrevivência de sites como Amazon.com e Craigslist, e produziram a fundação para o desenvolvimento de projetos como Google, Wikipédia, Orkut, YouTube e Second Life. Considerando a comunicação de duas vias de várias ou muitas pessoas entre si como o elemento diferenciador da internet em relação às tecnologias de mídia precedentes, não houve quebra de paradigma que justifique a denominação Web 2.0. Mídia social e internet colaborativa descrevem mais precisamente a característica que diferencia a internet das mídias tradicionais.

Cinco razões que fazem da Social Media um sucesso

Normalmente, todos os dias as pessoas se dão a chance de sair da sua zona de conforto e explorar novas áreas de interesse, conhecer novas pessoas e assumir riscos:


  1. Os usuários têm o controle sobre o que eles fazem on-line. O seu destino está em suas mãos; podem ser quem quiser, quando quiserem;
  2. Não é um capricho e sim uma tendência que funciona. É um conceito que atrai os usuários e continuará atraindo até que a mídia social 2.0 vá embora;
  3. As possibilidades não têm fim. Quem dúvida que o MySpace é um sucesso? E o YouTube? Essas plataformas são apenas o começo, logo os usuários terão ferramentas para fazer o que quiserem;
  4. A Mídia Social é fácil. As ferramentas de mídia social são de fácil configuração e se forem bem feitas são fáceis de ganhar dinheiro.

A Mídia Social está crescendo e sendo utilizada, cada vez mais, por empresas que querem atrair novos clientes. Mas, creio eu, o mais importante é o marco que ela criou na mudança de como a internet é utilizada, envolvendo a rede, as empresas e os usuários.


Internet, negócios e usuários são as chaves para a Mídia Social

A Mídia Social é a plataforma onde esses três aspectos podem estar juntos e interagir. Agora que começaram a interagir, precisamos de caminhos para aprimorar a comunicação entre eles. O relacionamento e as fundações foram construídos, mas é agora que a criatividade e a tecnologia precisam fazer a diferença. As possibilidades são muitas, mas executar as idéias é o que se torna a chave do sucesso.


Qual o futuro da Mídia Social?

Acredito que o vídeo será o próximo boom, não os vídeos que vemos no YouTube, mas o streaming ao vivo. As pessoas desejam transformações instantâneas, desejam ver as coisas ao vivo, exatamente quando acontecem. Já estamos caminhando nessa longa estrada, mas ainda faltam algumas premissas para isso se tornar realidade.


Por Diego Cox
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