Éramos 3

Sexta-feira, 01 de Agosto, 8 da manhã. Horário ingrato, mas o tema valia: a apresentação dos temas e propostas discutidos no IV Congresso Brasileiro de Publicidade, ocorrido em São Paulo no mês passado. A Abap-Rio e o Sinapro, com apoio da ABP, tiveram uma idéia muito boa: chamaram profissionais do Rio que estiveram lá, e pediram que eles resumissem em 10 minutos suas impressões sobre os temas discutidos no Congresso. Depois os participantes discutiam, faziam perguntas, opinavam.

Durou a manhã de sexta, e dali saíram novas idéias de como aproveitar esses temas em proveito do nosso mercadinho de São Sebastião do Rio de Janeiro. Num lugar pra 140 pessoas (é, eu contei as cadeiras), havia pouco mais de 40. Ok, tá todo mundo cheio de trabalho, tem reunião marcada, mas porque desses 40 e poucos só tinha 3 de criação? E um deles, o Adilson Xavier, além de já ser muito mais do que um criativo, ainda por cima era um dos que falaram sobre os temas. Saí de lá encucado com o quorum. Será que nós, criativos, devemos ficar longe de temas como rentabilidade, impostos, ameaças à liberdade de comunicar um produto e todos os etcéteras discutidos lá? Será que nosso negócio é criar e pronto? Não concordo.

Nesses 15 anos, já vi o mercado crescer, diminuir, agências surgirem, irem pro buraco, e tudo isso tendo pouco ou nada a ver com criação. Tem a ver com o negócio da comunicação que, sim, devemos conhecer mais de perto. Até porque ele está se transformando. E, segundo o evento do dia primeiro, se transformando muito rápido. Se eu fosse você, ficaria mais ligado nisso. Não é legal ser pego por uma transformação dessas enquanto você está adaptando aquele anuncio maneiríssimo pra entrar no anuário.
PS: Sim, teve criativo daqui que foi a São Paulo. Não, eu não estava lá.
Por: Alexandre Motta - sócio da BinderFC+M e VP do CCRJ. 06/08/2008.
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