APAGÃO ALVINEGRO

Em tempos de apagão aéreo e mental nos aeroportos e ministérios da vida, nos deparamos com o agora “apagão alvinegro”. Seja por motivos ou objetivos distintos, o preto e o branco de Rio e SP, convivem com as atuais incertezas e pressões dos resultados.
No Vasco, eliminado de todas as competições disputadas neste primeiro semenstre, seu excêntrico e impávido presidente continua a cometer seus mandos e desmandos, e termina por encerrar o ciclo de Renato Gaúcho no clube. Renato se vai, os títulos também (quando foi o último mesmo?) e o gol mil não sai: será que tudo isso vai influenciar na repetição das eleições vascaínas novamente marcadas para acontecer em breve? Tomara que sim.
No Corinthians, o aguardado desfecho da novela da contratação do sucessor de Leão no comando técnico do clube chegou ao fim: Carpegianni assume, cercado por incertezas e não muitas convicções, fruto de suas passagens não muitos eficientes pelos clubes pelos quais passou – exceção feita ao trabalho no espetacular Flamengo de 81. Se Carpegianni dará conta de controlar a turbulência dos bastidores do Timão e a falta de resultados, isso vamos rapidamente comprovar. O que vai demorar um pouco mais para afirmar no clube vai ser o nebuloso desfecho (se é que esse dia vai chegar) da parceria com o (saco sem-)fundo MSI.
No Botafogo, a euforia causada pelas últimas boas apresentações, principalmente nos clássicos do Estadual do Rio e a boa organização tática apresentada pela equipe, acabou não se transformando em resultado prático na primeira partida das finais da Taça Rio contra o modesto, porém aguerrido, time da Cabofriense. Inúmeras chances de gol criadas, inúmeros suspiros e lamentos da (diga-se de passagem) pequena torcida alvinegar presente no Maraca ontem. Vamos esperar e ver se esse time do Cuca tem mesmo “garrafa pra vender” nessa reta final do Estadual e Copa do Brasil (os próximos 15 serão decisivos), provando que a euforia gerada não é “fogo de palha”.
Por fim, no Santos, com o – na minha opinião – melhor time e o melhor técnico na atualidade, não passou de um decepcionante empate sem gols com o obediente Bragantino, na primeira partida das semifinais do Paulistão. Conviver com o favoritismo e a pressão de vencer, assim como o Botafogo, acabou por atrapalhar os planos do Luxemburgo. Pior para o Peixe, que ao contrário do Fogão, não criou quase nada nos 90 minutos, que justificassem a melhor campanha na fase classificatória.
Ainda assim, acredito totalmente em Santos e Botafogo.
JPAnzanello

Nenhum comentário:

Powered By Blogger