Haja motivação!!!

Em época de palestras motivacionais, cartazes, presença de familiares, entre outros artifícios psicológicos que os técnicos vêm adotando, na tentativa de buscar uma motivação maior aos seus comandados, ontem, o site oficial do Junior - um dos maiores ídolos da história rubro-negra (e meu também) - trouxe a mensagem passada aos jogadores, nos vestiátios, antes da primeira partida da final entre FLAMENGO x BOTAFOGO. Com uma motivação dessas, vindo de quem veio, minimamente luta e entrega total era esperada! E foi o que aconteceu, ainda que somente nos últimos 45 minutos da partida.
Leia o texto na íntegra:
FLAMENGO MINHA VIDA - "No Flamengo eu cheguei, cresci, lutei, aprendi, me sacrifiquei. Ali me formei como homem e profissional. Tive paciência, fui ajudado e ajudei, dentro e fora de campo. Vi o clube crescer, evoluir, ser exemplo e também vi o descaso, a falta de amor, a recessão e o declinio. Fui jogador, treinador e dirigente. Vibrei, conquistei, sorri e chorei, perdi e ganhei. Fui injustiçado e idolatrado. Já fui Careca, Cabeça, Copacabana, Capacete, Maestro e Vovô Garoto. Fiz amigos e pouquíssimos inimigos. Sorri vendo companheiros chegarem, mas também chorei vendo alguns indo embora. Discuti com jogadores, treinadores, preparadores, massagistas e até com o presidente. Com e sem razão. Fui lateral, volante e meia. Joguei 10 minutos, depois 45, 90 e até 120 minutos num dia só. Fiz gol de direita, de esquerda, de falta e até de cabeça, de pênalti. De dentro e de fora da área. E para não faltar também fiz gol contra. Jamais tinha feito gol em final, mas de repente marquei dois numa única decisão. Cometi pênaltis marcados e também não marcados. Falhei em gols dos adversários, mas salvei meu goleiro em cima da linha. Dei bicicleta a favor e contra meu próprio gol. Dei e levei soco, cotovelada, bico na canela e voadora. Levei pontos na boca, no supercílio, na cabeca. Mas ganhei muitos mais na tabela. Fui responsável por muitas segundas-feiras de alegria e, gracas a Deus, por poucas de tristezas. Dei volta olímpica pelo mundo, no Maracanã, em Porto Alegre, em Montevidéu e, a mais importante, em Tóquio. Foi com Taça Guanabara, Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Mundial. E um dia também fui obrigado a jogar contra minha segunda pele. Ganhei grana, perdi grana e abri mão de grana. Fiz bons e maus contratos, processei e fiz acordos. Mas, o melhor é que fiz dos meus filhos flamenguistas de coração. A minha mulher, claro, sempre foi. Isso tudo é só pra dizer que: “Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo”".

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