Criativa, bonita, responsável, premiada, alto astral, inteligente, livre, moderna, inspiradora... Foi assim, com liberdade para criar, que a publicidade brasileira se tornou conhecida no mundo inteiro. Agora, querem cortar as suas asas, como se ela fosse a culpada por tudo de ruim que acontece.
Há no momento mais de duzentas propostas no Congresso Nacional e outras em estudo na ANVISA para restringir a propaganda de bebidas, remédios, alimentos, refrigerantes, automóveis, produtos para crianças, etc. Tem sentido isso? A publicidade não causa obesidade, alcoolismo, acidentes domésticos ou de trânsito.
É a publicidade que viabiliza, do ponto de vista financeiro, a liberdade de imprensa e a difusão de cultura e entretenimento para toda a população. É a publicidade que torna possível a existência de milhares de jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, assim como de outras expressões da mídia. As leis existentes já são suficientes para garantir ampla proteção ao consumidor, e seria demais pedir a um anunciante que proponha o desestímulo ao consumo.
São legítimos e animadores os anseios da sociedade na formação de crianças e adolescentes, na difusão de hábitos saudáveis, no estímulo ao consumo responsável e à educação ambiental. A publicidade brasileira não foge às suas responsabilidades. Por isso criou – e respeita – há trinta anos o Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária – primeira iniciativa a propor limites e impor deveres à atividade, muito antes que isso se tornasse uma preocupação da sociedade e dos poderes públicos. Praticar e divulgar a auto-regulamentação publicitária são deveres de toda a indústria da comunicação, em seu próprio benefício e no da sociedade como um todo. Liberdade, deixe as asas abertas sobre nós!
Manifesto sobre a liberdade de expressão comercial lido
no encerramento do IV Congresso Brasileiro de Publicidade.
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